egberto gismonti
egberto gismonti

Compositor, multi-instrumentista e produtor

Com obras executadas em mais de 50 países, Egberto Gismonti é um dos principais nomes da música brasileira. Sua vasta produção musical inclui trilhas para teatro, cinema e balé.

Nascido na pequena Carmo, cidade no interior do Rio de Janeiro, Egberto Gismonti começou a tocar piano aos 5 anos por influência dos pais e do avô materno. Seu pai, o libanês vendedor de pianos, Camilo Amim, se orgulhava do talento do filho em distinguir notas musicais e não hesitava em utilizá-lo para conquistar mais clientes.

 

Fascinado pela mescla de sons e sentidos, ainda muito cedo, passeou por diferentes instrumentos como o violão, o clarinete, a flauta e o piano em seus estudos Conservatório Brasileiro de Música. No final da década de 1960 abdicou de uma bolsa de estudos na Áustria para se dedicar exclusivamente à música popular. Em 1968 participou do Festival de Música Brasileira da Globo, onde inscreveu a música O Sonho, interpretada pelos Três Morais. No mesmo ano, parte para a França para estudar música dodecafônica e análise musical.

 

Em 1969 grava seu primeiro disco e assina a primeira trilha sonora para o filme A penúltima donzela. Em sua temporada na Europa, grava discos, assina trilha para teatro e atua como arranjador e regente.

"Eu me dou facilmente o direito da contradição."

Egberto Gismonti FMCB 5
Egberto Gismonti. Carmo, RJ

Ingressa no mundo das trilhas para balé em 1974, com a peça Maracatu, do grupo Stagium. Desde então, Egberto Gismonti é requisitado por diversas companhias do Brasil e do exterior. Sua música singular, promove o encontro entre os muitos “Brasis” que se deslocam no tempo, neste continuum marcado por acordes.

 

Influenciado pelas obras dos irmãos Villas-Bôas – Orlando, Cláudio e Leonardo – partiu para o Alto Xingu, onde viveu com os índios Iaualapitis por algumas semanas. Define o Brasil, como o fruto que nasce de sementes que não sabemos mais a quem pertencem (Programa Oncotô?).

 

Buscou estes frutos em suas pesquisas e os converteu em densas texturas sonoras. Se afastando de preconceitos, afirma que “só existem dois tipos de música: uma que eu preciso hoje para viver e a outra, que certamente vou precisa amanhã”(Programa Oncotô?). Deste modo, refuta que existam hierarquias no campo da música popular. O influxo destas referências sobre suas composições o colocam em um lugar de difícil categorização de gênero musical.

 

Lançou o selo discográfico que leva o nome de sua cidade natal, Carmo, nele atua como produtor e divulgador.

Compositor destacado e reconhecido em todo mundo, sua música já percorreu mais de 50 países.O músico assinou 32 trilhas sonoras para filmes e gravou 70 discos ao longo de sua carreira. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro em 2017 e recebeu o status de comendador através da outorga da Ordem do Mérito Cultural em 2005.

 

Em reconhecimento à trajetória de um dos principais compositores contemporâneos brasileiros, o Festival de Música Contemporânea Brasileira homenageou Egberto Gismonti durante a sua 5º edição, realizada em 2018.

Fontes

Enciclopédia Itaú Cultural

Musica Brasilis

Programa Oncotô?

Unicamp

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