O mineiro de Juiz de Fora, Edmundo Villani-Côrtes cresceu rodeado de música. A família, formada por músicos amadores, apoiava os primeiros acordes que o pequeno Edmundo extraía do cavaquinho.
Aos 22 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro para ingressar no Conservatório Brasileiro de Música, para formalizar seus estudos no piano. Na então capital brasileira, o músico tocou piano em casas de espetáculo e integrou a orquestra da Rádio Tupi, sob a regência do maestro Orlando Costa (Cipó).
Ao finalizar os estudos no Rio de Janeiro, Villani-Côrtes regressa a Juiz de Fora, onde inicia o bacharelado em Direito. Durante este período, esteve à frente do Conservatório Estadual de Música. Em sua cidade natal, estreou o Concerto para Piano e Orquestra, executado pela Orquestra Sinfônica de Juiz de Fora.
Na década de 60, seus passos o guiaram para São Paulo, cidade onde aprofundou seus estudos em piano com José Kliass. Ali também desbravou o mundo das composições, tendo Camargo Guarnieri como mestre.
Villani-Côrtes integrou as orquestras das rádios Bandeirantes, Record e Gazeta como pianista. Em 1970, ingressou para a Orquestra da Rádio Tupi. Este momento, marca uma das fases mais prolíficas de sua produção musical.
Em 1973 ingressa para a vida acadêmica, lecionando na Academia Paulista de Música e três anos mais tarde, compõe uma de suas obras mais destacadas: Cinco Miniaturas Brasileiras. Em 1982 assume as disciplinas de Contraponto e Composição na UNESP. Em 1988 conclui o seu mestrado em Composição na UFRJ e no mesmo ano, entra para a equipe musical do programa de entrevistas Jô Onze e Meia, no SBT, local onde atuou até 1991.