Compositores contemporâneos brasileiros: as inspirações e a atuação de nossos homenageados

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O Festival de Música Contemporânea Brasileira busca a cada edição homenagear compositoras e compositores contemporâneos brasileiros, em atividade, cujas obras sejam significativas para os estudos de composição e performance. A presença dos homenageados é um grande diferencial do evento, uma vez que possibilita que os compositores recebam o reconhecimento e o carinho do público, além de potencializar a troca de experiências e a interação com os participantes do evento.

Marisa Rezende FMCB 5
Marisa Rezende durante o FMCB 5

Nossa concepção sobre o que é música contemporânea, portanto,se aproxima mais do conceito usual, que a insere em um determinado recorte temporal, do que da noção acadêmica, que a compreende como uma música de concerto composta entre os século XX e XXI e que se utiliza de uma série de elementos estéticos e/ou ideológicos. Por esta razão, os músicos homenageados no FMCB são provenientes tanto do campo erudito, quanto do popular e apresentam um repertório heterogêneo e esteticamente diverso. Estas matizes podem ser observados nas trajetórias de cada um dos compositores que passaram pelo FMCB – de forma particular ou comparada – através de suas biografias, obras, artigos e também, das entrevistas que estão disponíveis em nosso site e também em nosso canal no YouTube.

Diante desta multiplicidade, é difícil criar um modelo de aproximação entre todos os nossos homenageados e situá-los no complexo cenário da música contemporânea. O que percebemos ao longo das edições do FMCB é que as fontes e a relação destes músicos com a arte e com a composição também é bastante variada. Edson Zampronha, por exemplo, se alimenta de inspirações provenientes das artes plásticas, Gilberto Mendes era fascinado por cinema, Egberto Gismonti foi buscar no Xingu novas texturas para suas criações, Hermeto Pascoal possui a incrível habilidade de transformar tudo aquilo em que toca em música enquanto Paulo Costa Lima, trama suas melodias com os fios da cultura popular e do sincretismo.

Outro exemplo é o da diversificada atuação destes compositores: Guinga foi dentista, Ricardo Tacuchian se formou em medicina Marisa Rezende é uma das criadoras da ANPPOM, já Ronaldo Miranda e Edino Krieger se dedicaram à crítica musical. Edmundo Villani-Côrtes lecionou durante vários anos a disciplina de Composição Musical na UNESP, ao passo que Ernani Aguiar, que também é professor, nunca quis assumir esta cadeira na UFRJ.

Os fragmentos dos percursos trilhados por estes compositores revelam uma pequena parte da pluralidade e da riqueza que marcam suas carreiras e a composição nacional. Existe muito mais para descobrir sobre a produção musical brasileira e você encontra inúmeras informações em nosso site e também nas nossas redes sociais. Inscreva-se e fique ligado!