O pesquisador Rúrion Soares Melo afirma que “Egberto é um artista brasileiro cujos rótulos dizem muito pouco sobre sua música” isso porque, os traços do popular não aparecem em manifestações óbvias, mas em construções composicionais complexas que exploram a riqueza das sonoridades regionais.

Para isso, foi estudar a música popular dos recônditos do Brasil e inspirado pelos irmãos Villas-Bôas – Orlando, Cláudio e Leonardo – partiu para o Alto Xingu, onde viveu com os índios Iaualapitis, experiência que foi determinante em seu processo de busca por novas formas de sons e texturas musicais.

Com mais de 50 anos de carreira o compositor lançou 70 discos e possui obras em trilhas sonoras em mais de 30 produções audiovisuais como Chico Xavier e o filme argentino El Viaje. Egberto Gismonti também criou uma gravadora própria, que leva o nome de sua cidade natal, Carmo. O compositor recebeu em 2017 o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e também foi condecorado status de comendador através da outorga da Ordem do Mérito Cultural em 2005.

Em 2018 Egberto Gismonti foi homenageado pelo FMCB ao lado da compositora Marisa Rezende. Na ocasião foram realizadas apresentações artísticas, mesas-redondas, comunicações orais, bate-papo com os homenageados e concerto comentado pelo artista. Todas as atividades desta edição estão disponíveis em nosso canal no YouTube, que você pode acessar clicando aqui.

Relembre a passagem de Egberto Gismonti pelos palcos do FMCB

Egberto Gismonti – Forrobodó