Guinga

Compositor, violonista e cantor

Guinga é um dos principais violonistas e compositores da música popular Brasileira. Possui um repertório de cerca de 300 canções gravadas por nomes como Elis Regina, Francis Hime, Ivan Lins e Clara Nunes.

Carlos Althier de Sousa Lemos Escobar , ou simplesmente Guinga é um dos grandes compositores da música popular contemporânea. O pai, militar era um grande ouvinte de música erudita, a mãe, dona de casa, gostava das valsas e das serestas e o tio materno despertou no pequeno Guinga o fascínio pelo violão.

 

Inicia seus estudos no instrumento aos 11 anos, tomando classes com Jodacil Damasceno por algum tempo.

Ainda na adolescência classifica sua composição Sou Só Solidão no 2º Festival Internacional da Canção. No início da década de 1970 começa a se dividir entre a música e a faculdade de odontologia. Neste mesmo ano, começa a acompanhar a cantora Alaíde Costa. Seu desempenho chama a atenção de outros músicos e em pouco tempo, Guinga começa a tocar com Beth Carvalho e João Nogueira.

 

Com Cartola gravou clássicos como O mundo é um moinho e As rosas não falamAinda na década de 1970 inicia sua parceria com Paulo César Pinheiro, com quem compõe Conversa com o Coração, Maldição de Ravel, lançada pelo grupo MPB-4, Punhal, que ficou conhecida na voz de Clara Nunes e Bolero de Satã, gravada por Elis Regina.

Formou-se em odontologia em 1975 e exerceu a profissão paralelamente à música até o início dos anos 2000.

 

Em 1988 seus caminhos cruzaram com os de Aldir Blanc, músico e compositor que se torna um de seus principais parceiros. Com Blanc, assinou Catavento e Girassol, obra que ficou conhecida na voz de Leila Pinheiro, que lançou em 1996 um disco com o mesmo nome.

"Cada vez que componho é como se fosse a última."

Guinga FMCB 6
Guinga. Rio de Janeiro, RJ

Um dos violonistas mais habilidosos do Brasil, Guinga apresenta um prolífico e significativo repertório de composições, cerca de 300 obras foram assinadas pelo compositor. Sobre suas criações, considera que suas obras são como “cartas que escrevi à posteridade sem esperar resposta” (Revista Bravo).

 

Suas digitais reverberam no tempo através das vozes de artistas como Ivan Lins, Nana Caymmi , Chico Buarque, Miúcha, Sérgio Mendes, Mônica Salmaso, entre outros grandes nomes da música popular brasileira. O músico diz não gostar de modismos e se entrega de forma intensa ao seu processo composicional

 

Guinga lançou seu primeiro álbum, Simples e Absurdo, em 1991. Em 1997 conquista 4 categorias do prêmio Sharp com o disco Cheio de Dedos. O músico gravou mais de 10 discos ao longo de sua carreira e participou como violonista convidado nas produções de muitos outros artistas.

 

Em 2002, é publicada a sua biografia Guinga, os mais belos acordes do subúrbio, escrita pelo jornalista Mário Marques. No ano seguinte, é lançado o songbook A Música de Guinga, que reúne partituras de muitas de suas obras.

 

A devoção ao violão somada à sua habilidade fizeram com que um dos mais conhecidos e respeitados violonistas do mundo, o espanhol Paco de Lucia, reverenciasse Guinga e o universo musical brasileiro. Em 2015 conquistou o prêmio da Música Brasileira com sua obra Sedutora. No ano seguinte, foi premiado na categoria de melhor arranjo com Porto da Madama.

 

Em reconhecimento ao seu valioso repertório o Festival de Música Contemporânea Brasileira (FMCB) homenageou Guinga em sua 6º edição, realizada em 2019.

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