O Festival de Música Contemporânea Brasileira (FMCB) manifesta pesar pelo falecimento do trombonista e compositor brasileiro Raul de Souza, ocorrido no último domingo (13 de junho).
Natural do Rio de Janeiro, o compositor que no registro era João José Pereira de Souza, se tornou Raul por sugestão de ninguém mais e ninguém menos do que Ary Barroso. Autodidata, o compositor se apaixonou definitivamente pelo jazz através das melodias de Louis Armstrong. Raul de Souza também percorreu os caminhos sonoros da gafieira, do samba e da bossa-nova, sendo reconhecido pela grande capacidade de improvisação que o transformou em um dos principais trombonistas do mundo.
Ele também se destacou pela inovação. Foi o responsável por desenvolver um instrumento especial, o “Souzabone“, que consiste em um trombone elétrico que contém quatro varas que tomam como exemplo o instrumento tradicional que possui três.
Com mais de 60 anos de carreira, o trombonista Raul de Souza tocou ao lado de grandes nomes da música brasileira e mundial. Atuou com nossos homenageados, Hermeto Pascoal e João Donato e também com músicos como Airto Moreira, Milton Nascimento, Baden Powell, Maria Bethânia, Sérgio Mendes, Sonny Rollins, Cal Tjader, entre outros. Sua obra como solista também ganhou destaque no cenário musical e acadêmico, tanto que se álbum, Colors (1975) se transformou em tópico de estudo na Berklee Music College, de Boston.
O compositor viveu no México, nos Estados Unidos e também na França, onde faleceu. Seu último disco Plenitude foi lançado em maio deste ano e chegou às plataformas e lojas de música alguns meses após o trombonista oficializar sua aposentadoria em decorrência de um câncer na garganta.
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