Especial Edmundo Villani-Côrtes 90 anos: Conselhos para ser um compositor

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O compositor Edmundo Villani-Côrtes iniciou seus estudos no Conservatório Brasileiro de Música, situado no Rio de Janeiro, na década de 50, mas desde muito cedo se interessou pela música e pela pesquisa de sons e melodias. Ao regressar para Minas Gerais, o compositor assumiu a direção do conservatório de Juiz de Fora, cargo que ocupou por dois anos.

Na década de 1960 Villani-Côrtes se mudou para São Paulo, onde começou a atuar em orquestras de rádios como a Gazeta, a Tupi e a Record. Na década seguinte, o compositor ingressa definitivamente na vida acadêmica. Primeiramente na Academia Paulista de Música e por fim, na Universidade Estadual Paulista (UNESP), onde lecionou as disciplinas de Contraponto e Composição. Sobre a vida acadêmica Villani-Côrtes afirma que “foi uma experiência muito gratificante, muito boa. Só aprendi. É uma coisa muito interessante, é muito bom o que se aprende com os alunos” (Revista Aboré, 2007). O compositor diz que sempre buscou incentivar os seus alunos a explorarem os diversos caminhos que a música proporciona, sem se importarem em seguir uma única orientação estética. Ele salienta que no ensino da composição, o mais importante é apreender a noção de estrutura musical, pois é isso que pautará a linguagem escolhida pelo músico em sem processo composicional.

Indagado sobre os conselhos que daria aos estudantes de música que desejam trilhar o caminho da composição Villani-Côrtes foi contundente “Na hora de fazer qualquer tipo de música, seja interpretando ou compondo, ou dando aulas, você não pode ter vergonha de ser feliz. Não tenha vergonha de ser feliz. É preciso fazer aquilo que se gosta. Se você escolheu estudar música, é porque você gosta de música. Então, se você gosta é isso que deve ser feito. É a sua missão, a maneira mais agradável de deixar sua mensagem” (Revista Aboré, 2007), concluiu o compositor.

Fique ligado em nossa programação em homenagem aos 90 anos de Edmundo Villani-Côrtes!