Hoje se comemora o dia do disco de vinil. A data surgiu em 1978, quando um grupo de fãs e admiradores de discos, decidiu homenagear o cantor e compositor Ataulfo Alves (1909-1968), falecido dez anos antes em um 20 de abril.
Ataulfo Alves é autor de grandes sucessos do cancioneiro brasileiro, como Ai! que saudade da Amélia, Atire a primeira pedra – ambas em parceria com o ator e compositor Mário Lago –, Vassalo do samba, Gente bem também samba, entre outras. O sambista compôs mais de 300 canções que serviram de inspiração para a criação de um dia dedicado especialmente para saudar um tipo de suporte fonográfico que marcou época: o disco de vinil.
O pioneirismo no uso dessa tecnologia é disputado pela gravadora estadunidense Columbia Records e pela alemã Deutche Grammophon, uma vez que ambas começaram a imprimir suas obras com este material em 1948. Nessa época, o vinil se apresentava como uma alternativa mais resistente do que a goma-laca, matéria com a qual, até então, eram fabricados os bolachões de 78 rpm que requeriam extremo cuidado no transporte porque quebravam com facilidade.
Com a chegada dos CD’S (compact discs) entre as década de 1980 e 1990 e a virada digital dos anos 2000, os suportes físicos de música foram se tornando coisa do passado. No entanto, ainda que longe do predomínio de outrora, pesquisas revelam que o vinil passa por um bom momento dentro da indústria fonográfica e que artistas seguem apostando nos lançamentos neste formato.
É o que apontou o relatório publicado pela Recording Industry Association of America (RIAA), que previu que em 2019, o vinil superaria o CD na preferência dos consumidores. Esta modificação no hábito de consumo dos ouvintes estadunidenses não se alterava desde 1986, ano em que os compactos assumiram a dianteira nas vendas físicas.
Apesar disso, o relatório apontou também o forte predomínio dos formatos digitais, que lideram o ranking de preferência com 85% da receita gerada pelo mercado fonográfico. No entanto, para quem curte a boa e velha vitrola, selecionamos 5 discos indispensáveis na coleção de qualquer amante da música popular brasileira:
Clube da Esquina
Milton Nascimento & Lô Borges (1972, Odeon)
Acabou Chorare
Novos Baianos (1972, Som Livre)
Secos e Molhados
Secos e Molhados (1973, Odeon)
Cartola
Cartola (1976, Discos Marcus Pereira)
Tropicália ou Panis et Circencis
Vários (1968, Philips)