Natural de Ponte Nova, Minas Gerais, aos 77 anos João Bosco é reconhecido como um dos mais originais violonistas e compositores da música popular brasileira.
Sua trajetória musical destaca-se pela parceria emblemática com Aldir Blanc, resultando em um acervo de cerca de uma centena de canções que ocupam o patamar mais elevado da Música Popular Brasileira (MPB). João Bosco, que jamais respeitou as barreiras entre a MPB, música pop e rock, consolidou-se como um ícone da cena musical brasileira.
O ápice dessa colaboração ocorreu no início da década de 1970, quando Elis Regina gravou sucessos como “Bala com Bala” e “Dois pra lá, dois pra cá”. Suas criações atravessam diversos universos musicais, transitando desde a música brasileira pré-bossa nova, representada por artistas como Angela Maria e Cauby Peixoto, até o rock raiz de ícones como Elvis Presley e Little Richard.
A parceria com Aldir Blanc acrescentou à sua paleta criativa a música engajada das décadas de 70 e 80, culminando na emblemática “O Bêbado e a Equilibrista” (1979), que se tornou um símbolo do retorno do país à democracia após duas décadas de ditadura.
A dupla Bosco e Blanc não apenas contribuiu para a cena musical, mas também se tornou um instrumento de denúncia das mazelas sociais, políticas e econômicas. Um exemplo marcante dessa abordagem é a impactante “Bala com Bala”, lançada em 1973.
Em 1972 sua primeira gravação, “Agnus Sei”, foi lançada como parte da série “Disco de Bolso” pelo tabloide “O Pasquim”. Consolidando-se como uma das grandes estrelas criativas da música brasileira, João Bosco refinou seu estilo pessoal de tocar violão, enriquecido por influências culturais diversas, tornando-se um dos acompanhamentos mais complexos da canção brasileira.
O Compositor possui em seu repertório arranjos como: O Bêbado e o equilibrista, Corsário, Desenho a Giz, Jade, Memória de pele, Odilê, Papel Machê, Quando o amor acontece, Sinhã, Quantos Rios, Ultra leve e muito mais.
A homenagem no 8º Festival de Música Contemporânea reconhece não apenas a longeva carreira de João Bosco, mas também sua contribuição inestimável para a riqueza e diversidade da música brasileira. O evento promete ser uma celebração emocionante da vida e obra desse ícone da MPB.
Quer fazer parte da história do festival que irá homenagear João Bosco e Kilza Setti, em 2024?
A convocatória para envio de trabalhos sobre a vida e composição desses compositores estará aberta até o dia 31 de janeiro, através do site fmcb.com.br participe!
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