FMCB lamenta a morte de Aldir Blanc

Ernani Aguiar, Guinga e OSMC
FMCB é destaque do Programa Música e Músicos do Brasil da Rádio MEC
22 de abril, 2020
Congresso de música FMCB
FMCB oferece espaço para publicação de artigos e trabalhos
1 de julho, 2020

O FMCB lamenta a morte de um dos principais compositores da música popular brasileira. Aldir Blanc, de 73 anos, estava internado desde o dia 10 de abril. O músico faleceu na madrugada do dia 4 de maio, vítima de COVID-19 e nos deixa um legado de preciosas composições.

Médico de formação, Aldir Blanc se especializou em psiquiatria, mas abandonou a medicina para se dedicar integralmente ao seu outro amor, a música. Com olhar apurado e notável sensibilidade, Aldir converteu em versos a vida e a personalidade de muitos sujeitos urbanos. O músico também se dedicou à crônica, espaço onde dava vazão às paixões pelo seu time de coração, Vasco da Gama, às memórias do bairro de sua infância, Vila Isabel, ao carnaval e ao Rio de Janeiro. Publicou diversos livros ao longo da vida, como Vila Isabel, Inventário de uma infância (1996), O Gabinete do Doutor Blanc (2016) e Direto do Balcão (2017).

Aldir Blanc
Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo

Na música, compôs mais de 600 canções, que ganharam destaque nas vozes de artistas como Elis Regina, Nana Caymmi, MPB-4, Clara Nunes, entre outros nomes destacados da música popular brasileira.

Estabeleceu grandes parcerias na composição, uma das mais produtivas, foi com João Bosco, com quem escreveu o clássico O bêbado e a Equilibrista (1979). Escreveu grandes obras ao lado de artistas como Maurício Tapajós, César Costa Filho, Ivan Lins, Edu Lobo e Roberto Menescal. Em coautoria com Guinga, músico homenageado pelo FMCB em 2019, compôs clássicos como Nítido e Obscuro, Catavento e Girassol e Sete Estrelas.

O FMCB se solidariza com a família e os amigos de Aldir Blanc neste momento de dor e pesar , ratificando a grande importância do compositor para a cultura nacional.

Você pode relembrar a obra de Aldir Blanc, na interpretação de Mônica Salmaso e Guinga, durante a 6ª edição do Festival de Música Contemporânea Brasileira.