FMCB – 5 anos de história
6º Festival de Música Contemporânea Brasileira (FMCB) abre inscrições para músicos!
10 de outubro, 2018
Show all

FMCB – 5 anos de história

Ao longo das suas cinco primeiras edições, o FMCB - Festival de Música Contemporânea Brasileira já homenageou 10 compositores brasileiros, sempre unindo pesquisa à performance e oferecendo uma visão global da vida e obra dos homenageados através de recitais, mesas-redondas, comunicações orais e apresentações artísticas.

O Festival de Música Contemporânea Brasileira, mais conhecido como FMCB, é um encontro internacional de estudiosos da música brasileira, onde dois compositores contemporâneos são homenageados em cada edição, divulgando sua obra e trajetória.

Desde 2014, o evento acontece anualmente em Campinas, e se destaca por unir pesquisa à performance e também por contar com a presença dos compositores homenageados durante todo o evento, oferecendo uma oportunidade única de interação entre artistas, compositores, pesquisadores e público em geral.

Ao longo das suas cinco primeiras edições, o FMCB - Festival de Música Contemporânea Brasileira já homenageou 10 compositores brasileiros, oferecendo uma visão global da vida e obra dos homenageados através de recitais, mesas-redondas, comunicações orais e apresentações artísticas. Veja a seguir quem já faz parte da história do FMCB.

COMPOSITORES JÁ HOMENAGEADOS

Acompanhe a seguir um pouco sobre cada uma das edições e também sobre os compositores homenageados!

I FMCB

Em sua primeira edição o FMCB (Festival de Música Contemporânea Brasileira) teve o prazer de homenagear os compositores Edmundo Villani-Côrtes Ricardo Tacuchian em um encontro realizado nos dias 18, 19 e 20 de março de 2014. Com uma estrutura pioneira no panorama musical brasileiro, o I FMCB proporcionou uma visão global da obra dos compositores homenageados através de apresentações complementares de pesquisa e performance. O evento ofereceu também uma interação única entre compositor, músico, pesquisador e público em geral, incentivando tanto a produção de pesquisa acadêmica quanto o desenvolvimento das apresentações artísticas no país.
COMPOSITOR HOMENAGEADO I FMCB

Nascido em 1930, em Juiz de Fora (MG), Edmundo Villani-Côrtes teve seu primeiro contato com a música no meio familiar e aos 9 anos, aprendeu a tocar cavaquinho e violão. Pianista, arranjador, regente e compositor, Villani-Côrtes possui um catálogo com mais de 200 obras, realizou diversas apresentações nacionais e internacionais e lecionou em importantes instituições de ensino. Durante sua formação musical estudou brevemente com Camargo Guarnieri e Joachim Koellreuter, experimentando novas técnicas composicionais e assimilando em suas obras uma grande variedade de estilos. Professor Doutor em composição da UNESP (aposentado), ele foi escolhido como um dos compositores vivos mais importantes no Brasil pelo projeto de pesquisa “Música Contemporânea Brasileira” (2004) da Discoteca Oneyda Alvarenga do Centro Cultural de São Paulo. Villani-Côrtes também venceu inúmeros concursos como o “Noneto de Munique”, patrocinado pelo Instituto Goethe do Brasil, conquistou sete prêmios pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e possui mais de 40 CDs gravados em países como Japão, França, Inglaterra, Itália, Estados Unidos e Brasil. Villani-Côrtes é considerado um dos compositores mais tocados no Brasil e sua música foi assunto de diversos trabalhos de pesquisa no país e no exterior. Ocupante da cadeira nº11 da Academia Brasileira de Música, ele foi um dos músicos homenageado do I FMCB (Festival de Música Contemporânea Brasileira).
COMPOSITOR HOMENAGEADO I FMCB

Ricardo Tacuchian nasceu no Rio de Janeiro, em 1939. Começou a compor aos 9 anos, época em que iniciou seus estudos musicais com Nelly Adelino dos Santos. Graduado em Piano, Composição e Regência pela UFRJ e Doutor em Composição pela University of Southern California, ele possui mais de 250 títulos em seu catálogo de obras. Suas composições já foram tocadas no Brasil, Rússia, na maioria dos países da Europa e das Américas, num total de cerca de mil e quinhentas apresentações ao vivo, além de programas radiofônicos, no Brasil, Estados Unidos e Europa. Durante a década de 70, compôs oito Estruturas, para diferente grupos instrumentais, obras equilibradas entre o experimentalismo e a emoção. As principais orquestras brasileiras incluem sua obra em seus programas e sua Discografia alcança mais de 70 fonogramas em 32 diferentes CDs. Dentre as atividades exercidas por Tacuchian destacam-se a regência, o ensino acadêmico, a pesquisa, a musicologia e a gestão de instituições. O músico lecionou na New York University e na Universidade Nova de Lisboa e faz parte da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea desde 1976, sendo membro eleito da Academia Brasileira de Música em 1981 e presidente em duas ocasiões. Tacuchian também regeu o maior conjunto instrumental de toda a história da música brasileira: uma banda com dois mil instrumentistas (Rio de Janeiro: Praça da Apoteose, 15/12/1985). Seu nome é verbete do Grove Music Dictionary II (2001), do Baker’s Biographical Dictionary of Musicians. 9 th edition (2000) e do Die Musik in Geschichte und Gegenwart, MGG (2007). Foi homenageado no I FMCB (Festival de Música Contemporânea Brasileira)

II FMCB

O II FMCB (Festival de Música Contemporânea Brasileira) homenageou nos dias 18, 19, 20 e 21 de março de 2015 dois grandes nomes da música brasileira atual: Gilberto Mendes e Edino Krieger. O Festival manteve sua estrutura unindo pesquisa à performance e ofereceu uma visão global da vida e obra dos compositores homenageados através de palestras, mesas-redondas, comunicações orais e apresentações artísticas.
COMPOSITOR HOMENAGEADO II FMCB

Nascido na cidade de Brusque (SC), em 1928, Edino Krieger começou sua instrução em violino aos 7 anos. Pouco tempo depois, conquistou uma bolsa de estudos para o Conservatório Brasileiro de Música e estudou por um ano na renomada escola de música Juilliard School of Music de Nova Iorque. É um dos principais nomes da criação musical brasileira. Seu catálogo inclui cerca de 150 obras para orquestra sinfônica e de câmara, oratório, música de câmara, obras para coro e para vozes e instrumentos solistas, além de partituras incidentais para teatro e cinema. As composições de Edino têm sido executadas com frequência no Brasil e no exterior. Recebeu, entre outros, o Prêmio Música Viva, o Prêmio Internacional da Paz, o primeiro lugar no Concurso Nacional de Composição do Ministério da Educação, foi agraciado com a Medalha de Honra do Cinquentenário do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e a Medalha Anita Garibaldi de Santa Catarina. Foi construindo, aos poucos, sua reputação de compositor com música de câmara e sinfônica, peças para teatro e cinema. Estudou composição com Lennox Berkeley e trabalhou com terapia musical no Hospital do Engenho de Dentro. A peça Ludus Symphonicus foi escrita para o 3º Festival de Música de Caracas e estreada pela Orquestra Filarmônica da Filadélfia e, o notável Estro Armônico, uma de suas obras-primas, foi organizada em um sistema de serialismo vertical de grande coesão estrutural. Foi um dos compositores homenageados do II FMCB (Festival de Música Contemporânea Brasileira) e é o atual Presidente da Academia Brasileira de Música, tendo sido eleito por unanimidade.
COMPOSITOR HOMENAGEADO II FMCB

Gilberto Mendes nasceu em Santos, em 1922. Praticamente autodidata, iniciou seus estudos de música aos 18 anos, no Conservatório Musical de Santos e compôs sob orientação de Cláudio Santoro e Olivier Toni. Mendes deixou sua marca na história social da música quando musicou o poema "O anjo esquerdo da História", de Haroldo de Campos. Foi doutor pela Universidade de São Paulo, onde deu aulas no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes até se aposentar. Foi um dos signatários do Manifesto Música Nova, publicado pela revista de arte de vanguarda Invenção, de 1963. Como consequência dessa tomada de posição, tornou-se um dos pioneiros no Brasil no campo da música concreta, experimentando ainda novos grafismos e a incorporação da ação musical à composição, com a criação do teatro musical. Sua obra já foi tocada nos cinco continentes, principalmente na Europa e verbetes com o seu nome constam nas principais enciclopédias e dicionários mundiais, como o Grove, em inglês e o Rieman alemão. Recebeu, entre outros, o Prêmio Carlos Gomes, do Governo do Estado de São Paulo, recebeu também diversos prêmios da APCA, o I Prêmio Santos Vivo, dado pela ONG de mesmo nome, pela sua obra "Santos Football Music". Também recebeu a Bolsa Vitae, o prêmio Sergio Mota e a insígnia e diploma de sua admissão na Ordem do Mérito Cultural, na classe de comendador. Era membro honorário da Academia Brasileira de Música e do Colégio de Compositores Latino-americanos de Música de Arte, com sede no México. Gilberto Mendes foi um dos compositores homenageados no II FMCB (Festival de Música Contemporânea Brasileira). Morreu em 1º de janeiro de 2016, aos 93 anos, por falência múltipla de órgãos em Santos.

III FMCB

Em sua 3ª edição, em 2016, o Festival de Música Contemporânea Brasileira homenageou dois ícones da música atual: Ronaldo Miranda e Paulo Costa Lima. Foram quatro dias de atividades gratuitas e abertas ao público acadêmico e à comunidade em geral.
COMPOSITOR HOMENAGEADO III FMCB

Nascido no Rio de Janeiro, em 1948, Ronaldo Miranda estudou Composição com Henrique Morelenbaum e Piano com Dulce de Saules, na Escola de Música da UFRJ. Começou sua carreira como crítico de música do Jornal do Brasil e intensificou seu trabalho como compositor a partir de 1977, quando obteve o 1º Prêmio no Concurso de Composição para a II Bienal de Música Brasileira Contemporânea da Sala Cecília Meireles, na categoria de música de câmera. Um ano depois, foi selecionado para representar o Brasil na Tribuna Internacional de Compositores da Unesco, em Paris. A Associação de Críticos de Arte de São Paulo (APCA) considerou suas Variações Sinfônicas a melhor obra orquestral de 1982 e no decorrer dos anos recebeu inúmeros prêmios em concursos de composição, como a Bolsa Vitae de Artes para compor a ópera Dom Casmurro e o Troféu Carlos Gomes de melhor compositor do ano. O compositor também participou de festivais internacionais em mais de quinze países e inúmeras peças de sua autoria estão gravadas por vários selos representativos e muitas delas foram comissionadas por importantes instituições, como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a Organização dos Estados Americanos. Ronaldo Miranda compôs, por encomenda do Ministério da Cultura, a Sinfonia 2000, em comemoração aos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Foi o compositor homenageado do III FMCB (Festival de Música Contemporânea Brasileira) e atualmente, é professor de Composição do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
COMPOSITOR HOMENAGEADO III FMCB

Nascido na cidade de Salvador, em 1954, Paulo Costa Lima se aproximou da música aos 11 anos, através do violão popular e repertório da jovem guarda. Na época da graduação, foi discípulo de Ernst Widmer e começou a lecionar aos 25 anos, na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia e foi. Influenciado pelos ritmos de sua terra natal, sua obra mistura o formalismo europeu às raízes culturais brasileiras e seu catálogo contém 106 obras e 350 performances em mais de 15 países. Além da graduação em Composição e do Mestrado em Educação Musical, com Richard Cowell, ambos obtidos na University of Illinois, concluiu Doutorado em Educação pela UFBA. Paulo participou de vários festivais: Lincoln Center, na sala Rode Pompe (Bélgica) e no Teatro Brás Cubas (Santos); e recebeu prêmios por suas composições Bolsa Vitae, Série Criadores do Brasil-OSESP e Prêmio Nacional de Composição da FUNARTE. O músico também é reconhecido na área acadêmica, onde ensina disciplinas de composição e análise musical e é autor de dezenas de artigos em periódicos nacionais e internacionais. Seus principais interesses de pesquisa são: composição e cultura, ensino de composição, música e psicanálise, gestão da universidade e cultural. Homenageado com a mais alta comenda do Legislativo Municipal, Paulo recebeu a Medalha Thomé de Souza e é verbete do Grove Dictionary of Music and Musicians (2001), a maior enciclopédia musical da atualidade. Pesquisador CNPq, ocupante da cadeira nº 8 da Academia de Letras da Bahia, ele foi um dos compositores homenageados do III FMCB (Festival de Música Contemporânea Brasileira).

IV FMCB

O IV Festival de Música Contemporânea Brasileira homenageou em março de 2017 dois grandes nomes da música brasileira atual: Hermeto Pascoal e Edson Zampronha. O Festival manteve sua estrutura inovadora unindo pesquisa à performance e oferecendo uma visão global da vida e obra dos compositores homenageados através de recitais, mesas-redondas, comunicações orais e apresentações artísticas
COMPOSITOR HOMENAGEADO IV FMCB

Nascido em 1936, Hermeto Pascoal sempre foi apaixonado pelos sons da natureza e foi por causa do gosto pela música que passou a tocar em forrós e festas de casamento com seu irmão mais velho José Neto, revezando-se com ele nos baixos e no pandeiro. Desde então, Hermeto nunca parou de trabalhar como compositor, arranjador e instrumentista. Fez parte de grupos de diversas cidades do Brasil como Mundo Pegando Fogo, Orquestra Tabajara em Pernambuco, no conjunto do Maestro Copinha, Som Quatro, Quarteto Novo, Sambrasa Trio e Orquestra Jovem de SP. O interesse pela música fez com que aprendesse a tocar sanfona, piano, percussão, acordeão, flauta e saxofone. Em 1969, Hermeto viajou aos EUA a convite de Flora Purim e Airto Moreira e gravou com eles dois LPs. Nessa época, conheceu Miles Davis e gravou com ele duas músicas suas: "Nem Um Talvez" e "Igrejinha". Com mais de 70 anos de carreira e com o nome reconhecido pelo talento e qualidade, tornou-se a atração de diversos eventos importantes, como o I Festival Internacional de Jazz, Festival de Montreux, na Suíça. Em Tóquio, participou do Live Under the Skye em Kopenhagen lançou a Suite Pixitotinha, que será executado no encerramento do festival. Em 2016, comemorou seus 80 anos com turnês nacionais e internacionais. Em julho, viajou à Europa para uma série de apresentações na Espanha (Valencia Jazz Fest, Canary Islands Jazz Fest, Teatro Circo Price Madrid e outros) Holanda ( LantarenVenster Rotterdam), Reino Unido (The Barbican London), Alemanha (Rudolstadt Festival Ruodstadt) e em janeiro de 2017 esteve no Japão para uma série de shows de Hermeto Pascoal & Grupo.
COMPOSITOR HOMENAGEADO IV FMCB

Edson Zampronha nasceu no Rio de Janeiro em 1963. Sua obra oferece uma nova expressividade ao panorama da música clássica avançada: uma nova perspectiva que abre caminhos originais para a experiência musical e exploração sonora unida a uma linguagem muito comunicativa com o público. Tem recebido encomendas de diversos grupos e instituições, como do Museum für Angewandte Kunst, em Colônia (Alemanha); da Fundação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo - OSESP (Brasil); do Centro Mexicano para a Música e as Artes Sonoras - CMMAS (México), e da XXI Bienal de Música Brasileira Contemporânea - FUNARTE. Suas obras têm sido apresentadas em importantes salas de concerto, como no Auditório 400 do Museo Nacional Reina Sofía em Madri, Espanha; no CBSO Centre de Birmingham, Inglaterra, e na Sala São Paulo, Brasil. É autor do livro Notação, Representação e Composição e organizou cinco outros livros sobre música. Edson Zampronha é Doutor em Comunicação e Semiótica em Artes, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e realizou pesquisa de Pós doutorado em música na Universidade de Helsinque (Finlândia). Em 2016, teve uma obra encomendada para integrar o repertório da XXII Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Compôs Naturalis, uma obra para clarinete e apresentada por José Luiz Braz no Centro Cultural Authos Pagano em São Paulo e teve a composição Inverno tocada pela Orquestra Sinfônica de Sergipe. Além disso, fez a música do curta metragem La Trampa, que concorre a prêmios em diversos festivais. É Professor na Universidade de Oviedo, Espanha e um dos músicos homenageados do IV FMCB (Festival de Música Contemporânea Brasileira).

V FMCB

O V Festival de Música Contemporânea Brasileira homenageou em março de 2018 dois grandes nomes da música brasileira atual: Egberto Gismonti e Marisa Rezende. O Festival manteve sua estrutura inovadora unindo pesquisa à performance e oferecendo uma visão global da vida e obra dos compositores homenageados através de recitais, mesas-redondas, comunicações orais e apresentações artísticas.
COMPOSITOR HOMENAGEADO V FMCB

Nascida no Rio de Janeiro, Marisa Rezende é compositora e pianista, com mestrado e doutorado realizados na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, e pós-doutorado na Universidade de Keele, Inglaterra. Entre 1976 e 1987, foi professora da UFPe e professora titular de Composição da EM/UFRJ até 2002, onde fundou o Grupo Música Nova. Marisa Rezende também trabalhou com artistas plásticos em instalações multimídia e recebeu em 1999 a Bolsa Vitae de Artes para compor o espetáculo “O (In)dizível”. Participou de festivais nacionais e internacionais, como a Bienal de Música Brasileira Contemporânea, no Rio de Janeiro; o Festival Música Nova, em São Paulo; o Sonidos de las Américas, em Nova York; o Festival Brasilianischer Musik, em Karlsruhe (Alemanha). Entre as encomendas que recebeu, ressaltam-se Vereda (2003), Avessia (2005) e Viagem ao Vento (2008). Teve obras executadas por grupos como Lontano Ensemble, de Londres; Da Capo Players, de Nova York; além da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Entre 2011 e 2017 compôs “Olho d´água”, para conjunto de câmera, “Trama”, para violoncelo e orquestra de câmera, “Fragmentos”, para orquestra de câmera, e “Ciclo”, para quinteto misto, como encomendas para as XIX, XX, XXI, e XXII Bienais de Música Contemporânea Brasileira da Funarte. Em 2016, recebeu a medalha Villa-Lobos da Academia Brasileira de Música, como reconhecimento por sua obra. Será homenageada no V Festival de Música Contemporânea Brasileira, em 2018.
COMPOSITOR HOMENAGEADO V FMCB

Nascido no Rio de Janeiro em 1947, Egberto Amin Gismonti começou seus estudos ao piano no Conservatório de Música da cidade de Nova Friburgo muito cedo. Com o tempo e de maneira autodidata, aprendeu a tocar instrumentos como a flauta, mas principalmente o violão, que o acompanha por toda a carreira. Interessou-se pela pesquisa da música popular e folclórica brasileira, chegando a passar uma temporada vivendo com os índios no Xingu. Em 1968, viajou para Paris para estudar com os compositores Nadia Boulanger e Jean Baraqué. No Brasil participa do 3º e do 4º Festival Internacional da Canção, respectivamente com as composições O Sonho (1968) e Mercador de Serpentes (1969). Os anos 80 foi o período de maior produção e ritmo criativo, gravando diversos discos e ampliando suas experiências com a música indiana e a erudita, o jazz, além de aprofundar antigas parcerias e realizar novas. Gravou 15 discos entre 1977 e 1993 para o selo norueguês ECM, dez dos quais lançados no Brasil pela BMG em 1995. É um dos primeiros artistas brasileiros a tornar-se proprietário das matrizes de seus discos. No início do século XXI diminui o lançamento de discos, mas continua em plena atividade na gravadora que funda, a Carmo. Recentemente sua obra passou a ser gravada massivamente por outros instrumentistas. Algumas peças do disco "Alma", de 1987, tornaram-se hits, como "Palhaço" e "Loro". Além das atividades com gravação e espetáculos, faz inúmeras trilhas sonoras para teatro, cinema, balé e especiais de TV. Em 2018, será homenageado no V Festival de Música Brasileira Contemporânea.

CHAMADA ANUAL A PESQUISADORES E MÚSICOS

Um dos destaques do FMCB é a chamada a pesquisadores e músicos, a qual cria a oportunidade de que pessoas de todo o país e até mesmo de outros países participem do Festival, pois a cada edição é feita uma chamada pública para o envio de propostas. A seleção é feita por meio de um criterioso processo conduzido por um comitê científico especializado e os selecionados são convidados a se apresentarem no Festival e também a publicarem seus trabalhos nos Anais que são editados a cada edição.

FORMATO CONSOLIDADO

Após 5 anos de realizações anuais ininterruptas, o Festival de Música Contemporânea Brasileira, chegou a um formato consolidado e aprovado por toda a comunidade. Veja a seguir como está estruturada a programação do FMCB.

Dia 1: Mostra Musical Beneficente no Centro Infantil Boldrini
Dia 2: Concerto de abertura e bate-papo com os compositores homenageados
Dias 3 e 4: Homenagens aos compositores por meio de comunicações orais, mesas-redondas, apresentações artísticas e recitais comentados pelos compositores homenageados.

Dia 5: Concerto de encerramento com a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas

ACERVO AUDIOVISUAL DISPONIBILIZADO GRATUITAMENTE

Uma das características do FMCB é o registro fotográfico e audiovisual de todas as atividades e disponibilização do acervo de forma gratuita à comunidade, contribuindo desta forma para a democratização da música contemporânea brasileira.

PRÊMIOS CONQUISTADOS

A excelência na realização das cinco primeiras edições do FMCB, levou o Grupo Sintonize a ser selecionado, no ano de 2018, como a melhor produtora de eventos pelo Prêmio Profissionais da Música / Music Pro Award. No mesmo ano, o projeto visual do FMCB levou o artista Fernando Marar a ser o vencedor do Festival Internacional Cannes Lions de Criatividade 2018, na categoria Design.

CONTRAPARTIDAS SOCIOAMBIENTAIS

Outro destaque do FMCB são as também já consolidadas contrapartidas socioambientais. Além de plantar sorrisos no Centro Infantil Boldrini, o FMCB também contribui para a conscientização e a preservação ambiental, por meio da distribuição de mudas de árvores nativas do Brasil.

AGRADECIMENTOS

O FMCB chega ao seu sexto ano como um dos principais eventos de música contemporânea do país, em uma trajetória marcada por eventos inesquecíveis e de alta qualidade. E nada disso teria sido possível sem a parceria de todos que fazem parte desta história: compositores homenageados, instituições parceiras, apoiadores, músicos, pesquisadores, equipe técnica e público participante. Por isso, o Grupo Sintonize, agradece a todos que seguem juntos nesta caminhada de valorização e democratização da cultura brasileira.