Ernani Aguiar
Ernani Aguiar

Compositor, maestro, professor e pesquisador

Ernani Aguiar é um dos mais importantes compositores de música erudita do Brasil. Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro da Acadêmia Brasileira de Música.

Oficialmente carioca, Ernani Aguiar adotou Ouro Preto como o seu lugar no mundo: “O lugar onde a gente nasce não tem a menor importância. O importante é o lugar que a gente ama, onde estamos bem. Aí está a nossa pátria. Chegar a Ouro Preto é como chegar em casa. É monumento de arte, história, cultura e rebeldia” (Revista Uai). A personalidade forte e as palavras diretas são marcas do compositor, que cresceu em uma família de músicos, e desde muito cedo, se interessou por desbravar os instrumentos que o rodeavam.   Avesso aos modismos e improvisações, o compositor buscou se especializar no estudo da música e da composição. No Brasil, estudou com nomes como Paulina d’Ambrosio, Santino Parpinelli (violino e viola), César Guerra-Peixe (composição) e Carlos Alberto Pinto Fonseca (regência). Em 1985 concluiu o seu mestrado em Música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fez uma série de especializações no exterior, incursionando pela Argentina, Itália e Alemanha.   Amante da música de raiz popular do Brasil, Ernani Aguiar se inclinou para a música erudita, da qual é um dos grandes referentes no país. Não deixou de pesquisar e aplicar as influências populares em suas obras. Ingressou para a carreira universitária dando aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro e no Instituto Villa-Lobos, da Universidade do Rio de Janeiro.   Com fama de exigente entre os alunos, Ernani Aguiar formou uma nova geração de maestros e maestrinas: “um bom regente, para mim, é aquele que consegue transmitir o máximo possível das intenções do compositor”

"Todas as minhas composições são baseadas na música popular, na música que o povo gosta de ouvir."

Ernani Aguiar FMCB 6
Ernani Aguiar. Ouro Preto, MG

Ernani Aguiar explorou temas religiosos como no Salmo 150 e na série de Motetinos, mas também escreveu sobre o profano, por exemplo na peça Três Sonetos, inspirada na obra do poeta maldito, Gregório de Matos. Escreveu obras para coro “a capela”, orquestra, voz, coro e orquestra.

 
Suas composições foram regravadas inúmeras vezes e integram programas de concertos no Brasil e no exterior. Em sua pesquisa musical, se dedica ao período colonial brasileiro. O compositor alcançou um novo público ao assinar a ópera O Menino Maluquinho, inspirada na obra do cartunista Ziraldo.

 

Entre os anos de 1982 e 1985 coordenou os projetos Orquestra e Espiral do Instituto Nacional de Música da Funarte. Fundou o Coral Municipal de Petrópolis, grupo do qual foi regente entre 1976 e 1988. Recebeu o título de cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro, a medalha Carlos Gomes, outorgada pela Câmara Municipal de Campinas e o prêmio Sharp de Música em 1999. Ingressou para a Acadêmia Brasileira de Música em 1993, ocupando a cadeira de número 4.

 

Em reconhecimento à sua trajetória profissional dedicada à música erudita no Brasil, o Festival de Música Contemporânea Brasileira homenageou Ernani Aguiar durante a sua 6ª edição, realizada em 2019.

Fontes

Musica Brasilis

Revista Uai

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